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  • Foto do escritorMuseu Banksy

Para Além das Ruas: Temas LGBTQI+ na arte de Banksy

A essência da obra de Banksy reside na sua capacidade de suscitar reflexões sobre questões significativas do nosso tempo. Através das suas imagens poderosas e amplamente reconhecidas, Banksy chama a atenção para as ruas e para os grupos marginalizados da nossa sociedade. Ao longo dos seus quase 30 anos de carreira, ele criou uma obra significativa, parte da qual ganhou reconhecimento internacional. Por ocasião do mês do Orgulho, queremos focar-nos na sua arte que retrata o amor queer.


"Kissing Coppers" de Banksy

Celebrar o amor queer durante o mês do Orgulho no Museu Banksy Lisboa

Junho é um momento para reconhecer os desafios enfrentados pela comunidade LGBTQI+. O mês do Orgulho é uma celebração da nossa diversidade e singularidade, ultrapassando fronteiras… Como parte desta celebração, queremos destacar algumas das obras de arte de Banksy, atualmente expostas no Museu Banksy Lisboa, que incluem casais do mesmo sexo e abordam temas LGBTQI+.


"Kissing Coppers" de Banky: Desafiar as normas e os preconceitos da sociedade

Uma das peças mais célebres é "Kissing Coppers" (Bófia aos Beijos). Pintado numa parede de um pub em Brighton em 2004, este mural icónico retrata dois policias britânicos de uniforme beijando-se apaixonadamente. Trata-se de uma declaração de amor e igualdade, desafiando normas sociais e preconceitos. O contexto histórico e a localização da obra proporcionam uma compreensão mais profunda. Foi criada no mesmo ano em que o Reino Unido aprovou o Civil Partnership Act, que reconhecia legalmente as uniões de casais do mesmo sexo. Brighton, escolhida por Banksy para esta obra, é conhecida como a "capital gay não oficial do Reino Unido" e acolhe a maior percentagem de indivíduos LGBTQI+ em todo o país (segundo o censo de 2021). Nesse contexto, a obra pode ser vista como uma defesa da comunidade LGBTQI+.



"Queen Vic" de Banksy


"Queen Vic": Uma resposta à repressão histórica

Outra obra intrigante é Queen Vic (Rainha Vic) (2003). Esta retrata a Rainha Vitória sentada no rosto de uma mulher, envolvida num ato íntimo. Mais uma vez, compreender essa obra requer considerar o seu contexto. A Rainha Vitória afirmou publicamente durante o seu reinado que "mulheres não podem ser gays" e promulgou várias leis anti-gay. Esta obra de Banksy enfrentou oposição, como o mesmo mencionou na sua publicação "Existencislism". Ele afirmou que algumas pessoas consideraram uma imagem da Rainha Vitória num ato sexual demasiado explícita para ser exibida aleatoriamente na cidade.

"Então eu fiz algumas impressões e todas elas foram apagadas rapidamente. Mas uma delas estava nas portas de uma loja que só vende porcarias. Eles só fecham às nove da noite, e só então só a essa hora baixam as persianas. Isso deu ao stencil uma certa classificação apenas para adultos, já que nunca é visto antes das nove horas."

"Queen Vic" também pode ser interpretada como uma resposta à repressão histórica da monarquia contra a comunidade LGBTQI+, simbolizando uma forma de vingança.


Como é que a arte de Banksy contribui para a sensibilização direitos LGBTQI+?

Embora Banksy não possa ser considerado um defensor da comunidade LGBTQI+, o seu trabalho indiscutivelmente desafia normas sociais e promove a inclusão. A arte sempre proporcionou um espaço para partilha de ideias, e Banksy utiliza a sua voz para iniciar diálogos sobre igualdade, justiça, direitos humanos, mudanças climáticas, crise migratória e consumismo.


Inspirar-se no Museu Banksy Lisboa


Para além do mês do Orgulho, a expressão artística continua a ser uma forma de diálogo contínuo pelos direitos LGBTQI+ e por uma mais ampla representação na sociedade.


Esperamos que a arte e as declarações de Banksy te inspirem a criar algo único. Mal podemos esperar por te receber em breve no Museu Banksy Lisboa.


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